Normalmente a gente imagina que as maiores causas de morte na África são as guerras e o eunãobwana, mas as doenças geram números muito maiores, principalmente a malária, que mata mais de 1 milhão por ano, 85% desses crianças abaixo de 5 anos.
É essencial que o diagnóstico seja preciso e rápido, mas os melhores testes disponíveis em massa na região geram 60% de resultados falsos-positivos, o que significa além de diagnóstico errado, desperdício de medicamento.
Um grupo de estudantes americanos resolveram achar uma solução para esse problema, e a inscreveram na Imagine Cup da Microsoft, uma excelente forma de conseguir visibilidade para o projeto.
Da cabeça deles saiu o Lifelens, um conjunto de hardware e software rodando em Windows Phones. O funcionamento é simples: Uma gota de sangue é retirada do paciente. Um corante é aplicado, reagindo especificamente com o parasita da Malária.
Em seguida o celular, equipado com um conjunto de lentes para microfotografia, ampliando 350 vezes fotografa a amostra. O software identifica as hemácias, faz uma contagem, identifica as células danificadas pelo parasita e acha até mesmo os ditos-cujos.
Com esses dados o sistema pode dizer se o sujeito está com malária ou não, se está anêmico, se está muito ou pouco contaminado…
Os dados são gravados com informações de geolocalização, assim uma rápida olhada no mapa já indica se há um foco na comunidade ou se a contaminação é geral.
Com produção em massa o conjunto de lentes sairá muito barato, e doação de celulares para médicos e agentes de saúde não é exatamente difícil de se conseguir.
Ah sim, o Lifelens é autônomo, não depende de servidores ou conexão de dados para realizar suas funções de diagnóstico.
O projeto é uma boa sacudida para o pessoal se tocar que dá para fazer muito mais com um smartphone do que jogar Angry Birds.
Fonte: FB
Nenhum comentário:
Postar um comentário