É verdade, mas calma, é a chamada “Cegueira não-intencional”, um fenômeno neurológico bem interessante. Façamos uma analogia: Imagine que você tem que programar um robô para fazer reconhecimento de imagem, mais especificamente pessoas.
Como sua capacidade de processamento é limitada, você programa o sistema para fazer uma varredura primária, selecionando objetos e descartando tudo que não seja relativamente parecido com uma pessoa. Assim você capta a imagem mas ignora o que não quer ver.
A chamada cegueira não-intencional ocorre quando estamos prestando atenção a uma cena e temos uma idéia bem clara do que “queremos” ver. isso é essencial para filtrarmos ruído, por isso não prestamos atenção a outdoors e carros na contramão quando dirigimos.
Um exemplo clássico é a imagem acima, uma radiografia de pulmões usada como teste na Faculdade de Medicina de Harvard. Ela é apresentada a estudantes de radiologia, e dizem para procurarem por sinais de câncer. Nada menos que 83% dos testados não percebe o gorila na imagem.
Não é que sejam burros ou cegos, eles apenas estão procurando por câncer ou outro tipo de alteração fisiológica, NÃO um gorila. O cérebro detecta a imagem e simplesmente a apaga, para não atrapalhar a busca. Um outro exemplo de teste é este abaixo: Acompanhe e conte quantas vezes a bola é passada pro sujeito todo de branco:
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Confesse, você não viu o gorila também, né?
Nota: Isso não tem NADA a ver com aquela papagaiada dos nativos americanos não conseguirem ver os navios de Colombo por não entenderem a tecnologia. Isso é uma afirmação idiota de um filme idiota. A cegueira não-intencional é um fenômeno real, NORMAL apenas mais uma das gambiarras evolucionárias que criamos para poder descer das árvores e dominar o mundo.
Fonte: NPR
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