segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Não é FullHD mas que se dane, é um chip que restaura a visão!

Não é FullHD mas que se dane, é um chip que restaura a visão!:
chipdozoio
Retinose Pigmentar é uma daquelas doenças fdp, hereditárias, incuráveis e degenerativas. Ela é progressiva e paciente, com sintomas progressivos, como visão noturna, visão de túnel, fotofobia, dificuldade de adaptação à escuridão, problema de identificação de cores e, em último estágio, cegueira. No mundo são 15 milhões de pessoas afetadas.
Fora tratamentos paliativos que atrasavam mas não paravam o progresso da doença, os pacientes tendiam a ficar totalmente cegos entre os 40 e 50 anos de idade. Um dos raros equipamentos aprovados para pacientes com RP era o Argus 2, um implante com a desvantagem de ser um trambolho, envolvendo óculos especiais, cabos e uma bolsinha a tira-colo carregando a bateria.
O brinquedo da foto, como você pode ver, se não tiver RP (too soon?) é minúsculo. É um chip desenvolvido pela Retinal Implants e contém tudo necessário para restaurar a visão do paciente, exceto a fonte de energia. Sim, ainda é preciso um cabinho, nada é perfeito.
O chip é implantado no fundo do olho, é composto de uns 1500 fotodiodos e estimuladores, transformando a luz em sinal elétrico direto no nervo óptico. Faz todo o sentido do mundo, já que a estrutura de câmera do olho está OK, o defeito é só no “CCD”.
Esses 1500 receptores produzem uma resolução de 39×40, 1560 pixels. Pode parecer pífio, menor até que os thumbnails marcianos de 64×64, mas tenha em mente que isso é realidade, há mais de 30 pacientes já usando essa tecnologia.
Em 1974 um olho biônico era completa ficção, Steve Austin tinha visão além do alcance mas era só um personagem em uma série fantasiosa. Esses pacientes são reais, conseguem enxergar graças a tecnologia, e melhor do que Geordi LaForge, que com toda a ciência da Frota Estelar no Século XXIV, ainda tinha que usar um arco de cabelo na cara.
Esses 1560 pixels são suficientes para que os pacientes identifiquem linhas e cores, objetos e formas como frutas, percebam que há pessoas se movendo na sala, conseguem ler números em um dado e usando recursos de acessibilidade, com ampliação de texto, até ler palavras em uma tela de computador.
Como podemos ver (e aí incluo esses 30 pacientes) ciência funciona.
Fonte: GM




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