Depois de dezenas de milhões de anos de evolução nossas mãos são excelentes para manipular todo tipo de objeto. Boa parte do cérebro é dedicada a gerenciar as mãos, e como macaco que consegue catar mais coquinho acaba deixando mais filhotes, nos tornamos especialistas. Conseguimos manipular uma jaca e catar carrapato com a mesma eficiência.
Já nossos robôs estão longe da mesma agilidade. Os que possuem “mãos” levam um tempo enorme para processar a informação e ainda são extremamente rígidos. Nossos dedos não se movem somente em um eixo, mas dois, fora a função preênsil. Até nossa pele enrugada colabora para firmar o objeto.
Robôs que precisam segurar objetos com firmeza e precisão utilizam garras ou manipuladores específicos, assim o robô é excelente segurando uma porca mas péssimo com um ovo.
O projeto abaixo, do Laboratório de Máquinas Criativas da Universidade Cornell ataca justamente esse ponto, de forma bem… criativa. Ao invés de tentar emular mãos humanas, ou tentáculos, como os japoneses, usaram… pó de café.
Isso mesmo. A idéia é simples e genial: Um balão com pó de café dentro pode assumir várias formas. Se você retira o ar de dentro, o pó se solidifica, mantendo a forma atual. Assim o manipulador é pressionado contra o objeto, o ar é aspirado, o pó aperta e endurece, e pronto. Temos uma “pegada” firme.
Para soltar, é só deixar o ar entrar, e se soprar com força… bem, veja o filme.
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